quarta-feira, 15 de outubro de 2008

"A REVOLUÇÃO DOS NETBOOKS"


DRUCKER, Peter F. Inovação e Espírito Empreendedor (Entrepeneurship) Prática e Princípios. São Paulo: Pioneira, 1987.

Resenha da Parte 03 (Capítulos 12, 13, 14 e 15; pág. 197 a 284)

Nesta parte do livro Drucker (1987) escreve sobre a importância da empresa ter uma administração empreendedora e as diretrizes e praticas que podem ser usadas para conseguir este objetivo.
As empresas precisam que o empreendimento sistemático faça parte do seu dia a dia e que isso seja um compromisso que envolva a alta administração da empresa. Normalmente qualquer empresa pode estabelecer o empreendedorismo como parte de sua cultura, mas as empresas que já estão no mercado têm mais chances fazer isto funcionar. As empresas novas geralmente estão muito preocupadas com o negocio recém-criado e muitas vezes não teria uma estrutura para guiar projetos inovadores em paralelo com a sua atividade principal. Existem varias diretrizes que a administração da empresa deve seguir para que a inovação e o empreendedorismo façam parte da cultura da empresa. A primeira diretriz seria a empresa não temer o novo, muitas empresas vem o novo como uma ameaça e deixam escapar oportunidades que são aproveitadas pela concorrência. A segunda diretriz é a conscientização do fato que as coisas mudam e deterioram e que os produtos e serviços da empresa tem um ciclo de vida, e devem ser periodicamente revisadas quanto a sua eficiência as participações no mercado. A terceira diretriz é fazer um raio-X da empresa e verificar o que já esta obsoleto e onde há espaço para inovar e melhorar. A quarta e última diretriz é o abandono do que já não esta mais funcionando direito e a implementação das inovações necessárias.
Como praticas empreendedoras o autor enumera 3: avaliação do ambiente interno e externo a procura de oportunidades; gerar espírito empreendedor por toda a administração da empresa; e ouvir os colaboradores da empresa a fim de saber as seus valores e idéias e aspirações dentro da empresa e como eles podem ajudar a empresa alcançar os objetivos propostos.
Deve-se avaliar constantemente o desempenho das praticas empreendedoras da empresa e criar uma estrutura onde as pessoas possam conduzir os novos projetos sem interferências que prejudiquem o processo.
Sobre as instituições de serviço o grande problema é a falta de metas atingíveis. A grande maioria das instituições de serviço publico tem uma missão que vêem como sagrada e para isso gastam de maneira exagerada para conseguir cumprir essa missão, só que geralmente essa missão é impossível de ser cumprida como acabar com a fome ou com a violência. O mais sensato é fazer o máximo possível e de maneira o mais eficiente que se puder, assim são otimizados os recursos disponíveis.
Os novos empreendimentos devem ser vistos como a futura fonte de sustento da empresa ou algo que a colocará em um novo patamar de mercado. Devem ser cuidados com o máximo de carinho, sem contudo se desprezar a sua eficiência e eficácia, e por isso uma parte dos esforços da empresa devem estar sempre enfocados na melhoria constante como uma forma de garantir a sua sobrevivência ao longo do tempo.


Matéria: A Revolução dos Netbooks, Camila Fusco, Revista Exame, Ed. 928, 08/10/2008



A matéria fala sobre o surgimento de uma nova onda de computadores, os mininotebooks, computadores do tamanho de um caderno, com teclado e tela apertados e com poucos recursos, como surgiram e o crescimento do mercado para esta nova proposta de computador.
Esse tipo de notebook foi lançado pela ASUS, uma fabricante taiwanesa de computadores, e no início a novidade não era bem vista pelos outros fabricantes de PC’s. Os fabricantes diziam que o fato desses mininotebooks terem poucos recursos faria deles um fracasso de vendas, mas o que ocorreu foi justamente o contrário.
Apesar de não terem muitos recursos esses mininotebooks foram e atualmente continuam sendo um sucesso de vendas devido ao seu baixo custo e peso e devido também a servirem para o que mais se espera deles: acesso a Internet.
Graças ao sucesso de vendas todos os outros fabricantes de computadores passaram a imitar a idéia da ASUS e lançaram também os seus mininotebooks.

Análise:

A matéria acima fala sobre uma idéia inovadora que proporcionou a empresa a criação de novas demandas para um publico que não se pensava existir e melhorou a posição da empresa dentro do mercado de informática.
A idéia de desenvolver notebooks de baixo custo para a população mais pobre não era uma idéia nova, e já fora tentado por algumas outras empresas, mas o que fez a ASUS ser bem sucedida foi a simplicidade e a pesquisa sobre o desejo do consumidor.
De acordo com Drucker (1987), as empresas têm que sempre buscarem ser inovadoras e empreendedoras e foi exatamente o que aconteceu no caso citado na matéria acima. Ela buscou colocar suas idéias inovadoras em prática através de uma administração empreendedora, que esta sempre buscando novas idéias as quais poderão ser transformadas em novos produtos e serviços. As chances das empresas que adotam o espírito empreendedor em sua cultura corporativa se manterem por mais tempo é maior bem como seu posicionamento no mercado.

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